1. INTRODUÇÃO
O que se entende por
influência? Quem influencia quem? Os Espíritos nos influenciam? Como? Como
saber se os pensamentos são nossos ou se são dos Espíritos que nos acompanham?
Como estamos influenciando o nosso próximo?
2. CONCEITO
Influência é o
poder, o prestígio, a ascendência de pessoa ou de uma coisa sobre outra. É um
poder que irradia valores, sentimentos, amor, conselho, edificação, ânimo,
orientação, do educador para o educando. Tem uma abrangência universal e
onidirecional.
3. CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
Vivemos no meio de
raios, ondas, correntes, vibrações, mentes e mediunidade. A eletricidade e o
magnetismo, o movimento e a atração palpitam em tudo. O veículo carnal é um
turbilhão eletrônico regido pela consciência. Toda ação tem a sua
consequência. O nosso modo de pensar influencia o nosso próximo, este o seu
próximo, o seu próximo outro próximo e, assim, todos acabam influenciando o
Planeta Terra que, por sua vez, influencia outros planetas. Pelo poder irradiante
do pensamento, uma dor no outro lado do Planeta pode ser também nossa. Cada indivíduo, com
os sentimentos que lhe caracterizam a vida, emite raios específicos e vive no
meio de vibrações com as quais se identifica.
4. CARACTERIZAÇÃO DAS
INFLUÊNCIAS
Tentaremos, nesse
primeiro momento, identificar os tipos de irradiações, de vibrações, de
influência que uma pessoa exerce sobre a outra. Poderia ser: neutra, má e boa.
4.1. INFLUÊNCIA
NEUTRA
Pode uma influência ser neutra? Talvez seja difícil. Mas, para efeito de
nosso raciocínio, Imaginemos aquela influência que é muito fraca, tanto para o
bem como para o mal. São as pessoas que vivem como marginalizadas da sociedade,
cujas ações são limitadas e sem impacto para os demais. São indivíduos de um
teor energético muito baixo, sem forças para grandes empreendimentos. É
como se nenhuma influência exalasse de suas ações.
4.2. INFLUÊNCIA NO
MAL
São os indivíduos que
vivem constantemente com os pensamentos malsãos, muitas vezes chafurdados no
crime, na destruição do próximo. Como se costuma dizer, são pessoas de
“vibrações pesadas”. As consequências
deste tipo de comportamento não se restringem simplesmente a esta encarnação,
mas pode ser estendida para as próximas. Os que reencarnam com paralisia e impedimentos
físicos diversos podem ser exemplos claros dos hábitos menos felizes do passado
delituoso.
4.3. INFLUÊNCIA NO
BEM
As pessoas que pensam
e praticam o bem exalam simpatia, amor e compaixão. Quando nos aproximamos
delas, sentimos um bem-estar sem tamanho. Aqueles instantes robustecem a nossa
energia, física e espiritual. Se, as consequências
para quem pratica o mal são lastimosas, estas são prestimosas, pois nos dão
mais liberdade de ação e mais conforto em nosso desencarne. É a coroação da
passagem pela porta estreita dos sofrimentos, pela renúncia aos desejos, pela
prática incessante da caridade.
5. RELAÇÃO ENTRE
MUNDO ESPIRITUAL E MUNDO MATERIAL
5.1. INFLUÊNCIA DOS
ESPÍRITOS IMPERFEITOS
Os Espíritos
imperfeitos, de índole má, vêm até nós para nos arrastar ao mal. Eles não têm
pena; chegam, muitas vezes de mansinho, como não querendo nada, mas no fundo
desejam a nossa ruína, quer seja por vingança, quer seja por inveja do nosso
estado atual. Se não tivermos
forças suficientes para rechaçá-los, eles acabarão por nos dominar, levando-nos
ao processo de obsessão e sua extensão à fascinação e à subjugação. As consequências, por
lhe darmos atenção, não são nada agradáveis. E, conforme for a nossa conduta,
podemos levá-las para outras encarnações.
5.2. INFLUÊNCIA DOS
ESPÍRITOS SUPERIORES
Os Espíritos
superiores só agem em função do bem. Eles não nos obrigam a fazer isso ou
aquilo; dão-nos total liberdade de aceitar ou não as suas sugestões, as suas
inspirações, os seus conselhos. Lembremo-nos do daimon socrático.
Este Espírito superior só se pronunciava quando achava que Sócrates estaria
seguindo um caminho para a sua ruína. Quando damos ouvidos
ao nosso anjo da guarda e aos nossos protetores, as consequências são de mais
liberdade em nossas futuras ações.
5.3. INFLUÊNCIA DOS
ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS
Duas questões,
extraídas de O Livro dos Espíritos.
459. Os Espíritos
influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
— Nesse sentido a sua
influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que
vos dirigem.
460. Temos
pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?
— Vossa alma é um
Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só
tempo, sobre o mesmo assunto e frequentemente bastante contraditórios. Pois
bem: nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa
na incerteza, porque tendes em vós duas idéias que se combatem. Se fosse útil que
pudéssemos distinguir claramente os nossos próprios pensamentos daqueles que
nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio de fazê-lo, como nos deu o de
distinguir o dia e a noite. Quando uma coisa permanece vaga é que assim deve
ser para o nosso bem.
6. COMO ADMINISTRAR
AS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS
6.1. DESANUVIAR A
MENTE
Aceitemos o convite do
Espírito Emmanuel, que nos orienta a desanuviar a nossa mente todos os dias
pela manhã. É de manhã, quando nos levantamos e ainda estamos envoltos com as
influências recebidas durante o sono, que podemos renovar os nossos pensamentos
e sentimentos para aproveitar o dia que passa. Podemos, também,
fazer uma prece ou ler um texto evangélico. O importante é elevar o pensamento,
entrar em contato com as forças superiores da natureza, no sentido de obter as
forças necessárias para o cumprimento de nossos deveres.
6.2. REFLEXÃO SOBRE O
DIA
Espelhemo-nos em
Santo Agostinho que, todas as noites, repassava o seu dia para ver como fora em
pensamentos, palavras e obras. Adquirindo esse
hábito, vamos eliminando as más influências, pois podemos redirecionar as nossas
energias para a obtenção da paz e da harmonia. Em síntese: o
objetivo é criar boas consequências para os nossos pensamentos.
Quando os problemas
são muitos e os encargos exagerados, criamos um quadro mental conturbado, nem
sempre real. Se pudéssemos subir
numa montanha, mesmo que fosse uma montanha mental, veríamos as mesmas coisas
sob outro ângulo. Este exercício
devolve-nos o equilíbrio mental e espiritual que momentaneamente havíamos
perdido.
7. CONCLUSÃO
Seja qual for o
problema que nos visite, esforcemo-nos por manter os nossos pensamentos
elevados. Com isso, influenciaremos positivamente aqueles que nos rodeiam.
8. REFERÊNCIAS:
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8.
ed. São Paulo: Feesp, 1995.
XAVIER, F. C. Nos Domínios da Mediunidade, pelo
Espírito André Luiz. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979.
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