sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Aguarda o tempo...

"Aconteceu talvez o que não esperavas.O lado contra te ironiza. O sentimento ferido te aborrece. Entretanto, reflete nas bençãos que a Divina Providência já te concedeu e procura sorrir. Não te indisponhas com ninguém. Continua trabalhando e servindo em paz. Aguarda o tempo, na certeza de que pelas circunstâncias da vida, nas páginas do tempo, é que se manifesta, mais claramente, a voz de Deus."
Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier
Do livro de Respostas (Ceu)

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

SABER PERDOAR

Os egoístas não gostam de perdoar, porque estão centrados em si mesmos e despreocupados com os outros. Já não se preocupam com quem saiu do círculo da sua amizade, porque para eles quem o ofendeu está morto. Por isso tratam de esquecê-lo, de ignorá-lo por completo, como se não existisse. Não lhe dirigem mais a palavra e negam prestar-lhe qualquer serviço: É a vingança por omissão.
Quando se cultiva uma inimizade, o amor morre; é como quando a erva daninha se apodera de um campo cultivado e impede que as plantas possam crescer.
O amor que sara as feridas da alma não floresce senão onde se cultiva a humildade, a paciência, o desprendimento, a generosidade, e o esquecimento das ofensas.
O ofendido que perdoa resulta vitorioso sobre o seu amor-próprio, sobre o seu orgulho e os seus anseios de vingança. Limpa o seu coração das ervas daninhas e semeia amor. Por isso, poderá colher a felicidade  oferecida aos mansos de coração e com ela colherá a paz.
O que não perdoa, a si mesmo se magoa.
O perdão é o amor quando se encontra com a culpa: Na realidade, para se poder perdoar é necessário saber AMAR.

"Do livro: Escola do perdão"

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CITAÇÕES DE TRATAMENTO

"Evite menosprezar-se. Você é uma criação de Deus. Terás deficiências, é claro, mas é justo observar que todos nós achamos no cadinho do progresso. Dificuldade é medida de avaliação dos nossos recursos. Dor é sublimação. Erro é experiência. Recorde a sua originalidade. Ninguém possui ideias totalmente iguais às suas. Sua voz e suas mãos são únicas. As marcas de sua presença destacam-se inconfundíveis. Aceite-se, desse modo, tal qual é, procurando melhorar-se Trabalhe, quanto se lhe faça possível, no bem geral, reconhecendo que se os outros precisam de você, também você necessita dos outros. Guarde a consciência tranquila, vivendo a existência que Deus lhe concedeu. E lembre-se: cada qual de nós, até que se integre na Grandeza Suprema, é uma obra-prima de inteligência em processo de habilitação na oficina da vida, a caminho da perfeição." (André Luiz)

Francisco Cândido Xavier do livro: BUSCA E ACHARÁS 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

AO LEVANTAR-SE

Agradeça a Deus a bênção da vida, pela manhã.
Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as próprias atividades.
Levante-se com calma.
Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.
Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.
Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe.

André Luiz;
Medium: Francisco Cândido Chavier;
Livro: SINAL VERDE - EDIÇÃO CÉU

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Problema Nosso

"Enquanto cultivarmos melindres e ressentimentos; enquanto não pudermos aceitar os próprios adversários na condição de filhos de Deus e irmãos nossos, tão dignos de amparo quanto nós mesmos; enquanto sonegarmos auxílio fraterno aos que ainda não nos estimem; e enquanto nos irritarmos inutilmente, a felicidade para nós é impossível." (Emmanuel)

REFERÊNCIA:
Medium: Francisco Cândido Xavier
Do Livro de Respostas (Ceu)

sexta-feira, 22 de maio de 2015

FORÇAS VICIADAS

Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. 
Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a paralisia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão de nascença e muitos outros recursos, angustiosos embora, mas necessários, e que podem funcionar em benefício da mente desequilibrada, desde o berço, em plena fase infantil.
Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura, prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem...


REFERÊNCIA:
André Luiz / Chico Xavier
Livro: Nos Domínios da Mediunidade

terça-feira, 21 de abril de 2015

Por que as plantas ajudam a curar o corpo e o espírito?


     Todos os seres vivos são animados por um fluido cósmico universal que em contato com a matéria densa se transforma em energia vital, que é o molde do elemento físico, seja uma planta ou uma pessoa. Toda forma de vida terrena possui sua respectiva matriz energética.
     Os desequilíbrios físicos têm inicio no corpo vital antes de atingirem o corpo físico e as plantas têm em seu princípio fitoenergético o “poder” de eliminá-los, atingindo a causa da doença.
     Além de seu princípio ativo, o corpo vital de cada planta vibra numa determinada frequência e tem a capacidade de alterar a condição vibratória do corpo vital de uma pessoa doente, trazendo lhe uma melhora significativa, apesar de provisória.
     A cura definitiva de todo desequilíbrio só ocorre com a mudança do padrão energético oriundo dos pensamentos, sentimentos e emoções do espírito em manifestação, em seu corpo astral ou perispiritual e pelo expurgo total das máculas que acumulou devido a sua conduta passada.
     Por isso, às vezes assistimos casos de doenças que entram em remissão e a medicina estipula um prazo para que seja considerada a cura. Ocorre que se não houve o expurgo e a mudança vibratória definitiva,  pode  haver uma recidiva da doença.
    Todo medicamento é produzido a partir de uma planta e de seu princípio ativo sintetizado e potencializado,mais do mesmo. Neste processo a planta deixou de ser um elemento de cura natural, perdendo sua característica fitoenergética, se transformando numa “bomba nuclear”, com energia capaz não apenas para acabar com a doença , como também destruir  a saúde integral.
     Está triste, mal humorado, doente ?Quer mudar sua frequência vibracional ? Está buscando a cura do corpo e do espírito?
     Utilize as plantas e faça terapia! O caminho da cura requer autoconhecimento, transformação interior e muita conexão com a Natureza.  Seja Amor! 
 
Autora: Nadya Prado

segunda-feira, 23 de março de 2015

A FLOR...

LEIAM E REFLITAM....



"Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que pagava muitíssimo bem, uma família unida. O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso. O trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas. Se o trabalho consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois. Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima, da qual havia apenas um exemplar em todo o mundo. E disse a ela: Filha, esta flor vai lhe ajudar muito mais do que você imagina! Você terá, apenas, que regá-la e podá-la de vez em quando. Ás vezes, conversar um pouquinho com ela, que lhe dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores. A jovem ficou emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo e a via, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor. Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam lá, não mostravam nenhum sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto. Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto! Estava completamente morta. Suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas. A jovem chorou muito e contou a seu pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa. Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos são bençãos que o Senhor lhe deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor lá, sempre florida, sempre perfumada e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama! E você? Tem cuidado das bençãos que Deus tem lhe dado? Lembre-se da flor, pois como ela, são as bençãos do Senhor. Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas!"

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fundamentos da Umbanda

Fundamentos da Umbanda

Por Alexandre Cumino
Quais são, afinal, os fundamentos da Umbanda?

O fundamento de uma religião é sua base, seu alicerce, a razão fundamental de sua doutrina e seu ritual.  

Na Umbanda, ouvimos falar muito nesta palavra "fundamento", em contextos como: "tal coisa tem ou não fundamento", "isto é um fundamento da religião". A palavra é usada e manipulada à revelia e, neste contexto, perde-se o significado de fundamento e confunde-se o fundamento do todo (coletivo) com fundamentos das partes (individuais). 

Para definir quais são os fundamentos da religião de Umbanda é preciso antes definir o que é Umbanda e, neste ponto, já encontramos uma dificuldade enorme para a maioria das pessoas que se apega mais à forma do que à essência. A maioria tenta definir o TODO pelas partes, o geral pelo específico. É preciso, antes, definir quais são as linhas mestras da Umbanda, o simples e básico, para depois, então, identificar seus FUNDAMENTOS BÁSICOS. Sabemos que a Umbanda possui unidade e diversidade. Na unidade está o básico que faz identificar, ou não, Umbanda; e na diversidade está a liberdade ritual e doutrinária de cada grupo, "umbandas".

Na unidade está o todo; e na diversidade estão as partes. O todo é algo comum a todas as partes. Logo, fundamentos básicos são aqueles que estão presentes em todas as suas partes, no todo.

Quando falamos de UMBANDA (singular e uma), estamos falando do todo; quando falamos em umbandas (múltipla e plural), estamos falando das partes. As partes também têm fundamentos. Em relação ao todo, esses fundamentos são parciais, fundamentos desta ou daquela parte, desta ou daquela Umbanda. Aí surgem fundamentos da Umbanda "Branca", "Tradicional", "Esotérica", "Popular", "Mista", "Trançada", "Africanista", "Omolocô", "Eclética", "Iniciática", etc. Fundamento da parte não é fundamento do todo; logo, fundamento de Umbanda é algo que deve ou pode ser aplicado ao Todo, em todas as partes e liturgias da religião. Só não podemos falar em "Verdadeira Umbanda", ou "Umbanda Pura".

Afirmar que algo é "o verdadeiro" é uma forma de desclassificar o restante e rotulá-lo de falso. Também não podemos falar em pureza dentro de uma religião que nasce com sincretismos. Aliás, não existe pureza em nenhuma religião. Todas nascem de cultos e ritos que lhes antecederam. Nada nasce do nada; nada se perde, tudo se transforma.

Daí a confusão que alguns fazem entre um fundamento ancestral religioso humano e a religião em si, que é um conjunto de fundamentos dentro de um contexto no espaço e no tempo. Por exemplo, confunde-se a religião de Umbanda com um de seus fundamentos que é a incorporação de espíritos, mais especificamente de Caboclos ou Pretos-Velhos.

Por essa confusão, passam a crer que Umbanda seja uma religião ancestral e milenar. Outros confundem a religião de Umbanda com a palavra Umbanda e passam a crer que a origem da religião se encontra na origem da palavra "Umbanda". Na língua quimbundo, essa palavra significa "arte da cura", que é a prática do xamã, o "kimbanda"; aqui no Brasil, "Umbanda" se insere em outro contexto; a palavra é resignificada, é um neologismo para identificar uma religião que, embora tenha semelhanças com práticas xamânicas de todos os povos, difere na estrutura.

O básico do básico na Umbanda é reconhecer que se trata de uma religião brasileira fundada no dia 15 de novembro de 1908, por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Podemos identificar nas palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas os fundamentos mais básicos de Umbanda:

"Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade".
"Aprender com quem sabe mais e ensinar a quem sabe menos, e a ninguém virar as costas".

      Parece pouco, mas já é muito. Atendimento caritativo é a base doutrinária da religião, sem nenhuma forma de preconceito com relação às entidades que se manifestam. Quem lançou a pedra fundamental da religião foi um espírito que teve muitas encarnações e, entre elas, foi o frei Gabriel de Malagrida, que fez a opção de se apresentar como "Caboclo". Seguido a essa manifestação, apresentou-se o Preto-Velho Pai Antônio, e ambos chamaram falanges de Caboclos e Pretos-Velhos para trabalhar na Umbanda. Logo, "Caboclo" e "Preto-Velho" são formas de se apresentar escolhidas pelos espíritos que militam na Umbanda.

Aqui está um fundamento básico da Umbanda: as entidades se organizam no astral em linhas e falanges identificadas pela forma de apresentação, as quais guardam relação com os santos, Orixás e forças da natureza.

A música é um fundamento de Umbanda. A nossa música sagrada é chamada de "pontos de Umbanda". Para executá-Ia, não é obrigatório o uso de atabaques, mas a cada dia vemos mais terreiros aderindo ao som dos atabaques que, quando bem tocados, auxiliam nos trabalhos espirituais. O som grave da percussão de couro, ou similar, trabalha o nosso chacra básico e a energia da terra, o que ajuda o médium a sintonizar com uma força primordial e desacelerar um pouco a cabeça. Voltando-se à terra, a mente para um pouco de pensar e atrapalhar o processo mediúnico.

    O uso de símbolos riscados no chão é um fundamento mágico da religião de Umbanda, magística por excelência. São os "pontos riscados", por meio dos quais as entidades espirituais traçam "espaços mágicos", abrem vórtices de energia e campos de vibração para limpeza, descarga, cortes de energia, imantação, consagração e também para evocar as forças, poderes e mistérios dos Orixás. Essa "Magia de Pemba" é presente desde o nascimento da religião e constitui um vasto campo de estudos, polêmicas e realizações. Existem muitas formas de grafias e escritas mágicas. Os guias de Umbanda têm uma forma particular de escrever sua magia, por meio de um giz mineral chamado de "pemba".

O uso das velas também é um dos fundamentos de Umbanda; por mais simples que seja o trabalho espiritual, sempre existe no mínimo uma vela acesa. Acendemos velas para os Orixás e Guias de Umbanda. A vela potencializa e perpetua os pedidos e orações dos adeptos das religiões. Muitos têm medo de acender velas em suas residências, no entanto, o umbandista sabe que, quando uma vela tem "dono" espiritual, nada de mal pode ser desencadeado por meio dela, pois a força a que ela está ligada sempre se manifestará para proteger o fiel umbandista.

Entre o uso de velas está também um fundamento simples e muito presente na Umbanda, a vela para o "anjo da guarda". Costuma-se acender uma vela de sete dias para o anjo da guarda como forma de proteção do praticante de Umbanda. Anjo da Guarda é um mistério de Deus voltado à nossa proteção. Ter sempre uma vela acesa traz segurança mediúnica e proteção espiritual, que se estende ao campo emocional do médium. Claro que, como todas, é uma proteção que depende do merecimento e da postura desse médium diante da vida e de seu círculo de relacionamentos.

A defumação é um fundamento de Umbanda e consiste em queimar ervas secas e resinas, devidamente escolhidas, em um recipiente, turíbulo, contendo carvão em brasa, com objetivo de promover uma limpeza astral por meio da fumaça aromática e sua ação mágica.

O fumo é um fundamento de Umbanda, que muitos confundem com o vício de fumar. As entidades de Umbanda manipulam o fumo, uma erva sagrada, nas formas mais variadas, como charuto e cachimbo, promovendo uma defumação direcionada pelo sopro associado a seu poder curativo e purificador.

As bebidas são fundamentos de Umbanda. Assim como o fumo, confunde-se a manipulação de bebidas com o vicio de beber. As entidades de Umbanda não precisam beber, elas usam a bebida como recurso de limpeza e purificação. As bebidas são consagradas pelas entidades e também podem ajudar na criação de um ambiente e um contexto que sejam familiares ao consulente.

Banhos de ervas são um fundamento de Umbanda. Um dos recursos mais utilizados por guias e médiuns de Umbanda é promover uma limpeza espiritual e energética pessoal com banhos feitos à base de infusões de ervas com propriedades que vão desde atrair uma força até a neutralização de energias negativas.

Oferendas na Natureza são fundamentos de Umbanda. Muitos desses fundamentos são práticas milenares, como o caso das oferendas às divindades em seus pontos de força na natureza. Por meio das oferendas, o praticante reconhece a importância do contato com a natureza e a relação da mesma com os Orixás. As divindades não se alimentam das oferendas. Esse ato de ofertar traz efeitos emocionais aliados a ações mágicas que realizam verdadeiras transformações na vida daqueles que se colocam de frente para as divindades, com respeito, humildade, devoção e reverência.

As "sete linhas de Umbanda" são um fundamento muito polêmico e discutido desde os primórdios da religião, pois cada um cria ou inventa suas sete linhas de Umbanda particulares. No entanto, basta saber que o fundamento das sete linhas se refere às sete vibrações de Deus, que são sete energias básicas na criação. Existem muitos Orixás, muito mais do que sete. Cada grupo adapta sete linhas para os Orixás que já conhece. Cada um estudo mais aprofundado, é possível identificar todos os Orixás conhecidos nas mesmas sete vibrações, as sete linhas de Umbanda. Certa vez, um guia me falou: "Filho, quando lhe perguntarem o que são as sete linhas de Umbanda, diga que são as sete formas que Deus tem de nos Amar".

     Sacrifício animal não é um fundamento de Umbanda, o que quer dizer que para se praticar Umbanda não é necessário fazer sacrifício animal, e que a grande maioria dos terreiros de Umbanda não pratica o sacrifício animal. As práticas de sacrifício surgem, em alguns seguimentos de Umbanda, por influência do Candomblé e de outros cultos de nação. Geralmente, os terreiros que adotam sacrifícios animais se denominam como tendas de "Umbanda Africanista", que podem ser chamadas também de "Umbanda Mista", "Umbanda Trançada", "Umbanda Omolocô", ou "Umbandomblé". Este último pode se aproximar dos terreiros de Candomblé que passaram a trabalhar com entidades de Umbanda (Caboclos, Pretos-Velhos, etc.), ou vice-versa. Nesse caso, é difícil definir se é Umbanda ou Candomblé, embora sejam duas religiões distintas e com diferentes fundamentos.

Quanto ao ritual, é bem simples e musicado, na maioria das vezes segue uma sequência que pode variar um pouco, mas que em geral fica nesta ordem: oração, saudação à esquerda, bater cabeça, abrir cortina (quando tiver), defumação, hino da Umbanda, abrir a gira, saudação às sete linhas, saudação aos Orixás e guias chefes da casa, chamada de Orixás ou guias que darão sustentação ao trabalho e chamada da linha de entidades que dará atendimento (passe e consulta); ao final dos atendimentos, ocorre a subida das entidades, podendo, ou não, ter descarrego dos médiuns com esta ou outra linha que venha para tal atividade.

     A Umbanda não tem verdades inquestionáveis (dogmas) nem assuntos proibidos ou interditados (tabus). No entanto, para falar de fundamentos é essencial ter conhecimento de causa, conhecer profundamente o assunto e, no caso da Umbanda, conhecer sua história, doutrina, teologia, liturgia, ritualística... Caso contrário, como diria meu amigo, irmão e mestre, Rubens Saraceni: "Tudo permanece no campo de uma ciência chamada achologia, um campo de incertezas e divagações".
  

sábado, 24 de janeiro de 2015

INFLUÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

1. INTRODUÇÃO

O que se entende por influência? Quem influencia quem? Os Espíritos nos influenciam? Como? Como saber se os pensamentos são nossos ou se são dos Espíritos que nos acompanham? Como estamos influenciando o nosso próximo?

2. CONCEITO

Influência é o poder, o prestígio, a ascendência de pessoa ou de uma coisa sobre outra. É um poder que irradia valores, sentimentos, amor, conselho, edificação, ânimo, orientação, do educador para o educando. Tem uma abrangência universal e onidirecional.

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Vivemos no meio de raios, ondas, correntes, vibrações, mentes e mediunidade. A eletricidade e o magnetismo, o movimento e a atração palpitam em tudo. O veículo carnal é um turbilhão eletrônico regido pela consciência. Toda ação tem a sua consequência. O nosso modo de pensar influencia o nosso próximo, este o seu próximo, o seu próximo outro próximo e, assim, todos acabam influenciando o Planeta Terra que, por sua vez, influencia outros planetas. Pelo poder irradiante do pensamento, uma dor no outro lado do Planeta pode ser também nossa. Cada indivíduo, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida, emite raios específicos e vive no meio de vibrações com as quais se identifica.

4. CARACTERIZAÇÃO DAS INFLUÊNCIAS

Tentaremos, nesse primeiro momento, identificar os tipos de irradiações, de vibrações, de influência que uma pessoa exerce sobre a outra. Poderia ser: neutra, má e boa.

4.1. INFLUÊNCIA NEUTRA

Pode uma influência ser neutra? Talvez seja difícil. Mas, para efeito de nosso raciocínio, Imaginemos aquela influência que é muito fraca, tanto para o bem como para o mal. São as pessoas que vivem como marginalizadas da sociedade, cujas ações são limitadas e sem impacto para os demais. São indivíduos de um teor energético muito baixo, sem forças para grandes empreendimentos. É como se nenhuma influência exalasse de suas ações.

4.2. INFLUÊNCIA NO MAL

São os indivíduos que vivem constantemente com os pensamentos malsãos, muitas vezes chafurdados no crime, na destruição do próximo. Como se costuma dizer, são pessoas de “vibrações pesadas”. As consequências deste tipo de comportamento não se restringem simplesmente a esta encarnação, mas pode ser estendida para as próximas. Os que reencarnam com paralisia e impedimentos físicos diversos podem ser exemplos claros dos hábitos menos felizes do passado delituoso.

4.3. INFLUÊNCIA NO BEM

As pessoas que pensam e praticam o bem exalam simpatia, amor e compaixão. Quando nos aproximamos delas, sentimos um bem-estar sem tamanho. Aqueles instantes robustecem a nossa energia, física e espiritual. Se, as consequências para quem pratica o mal são lastimosas, estas são prestimosas, pois nos dão mais liberdade de ação e mais conforto em nosso desencarne. É a coroação da passagem pela porta estreita dos sofrimentos, pela renúncia aos desejos, pela prática incessante da caridade.  

5. RELAÇÃO ENTRE MUNDO ESPIRITUAL E MUNDO MATERIAL

5.1. INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS IMPERFEITOS

Os Espíritos imperfeitos, de índole má, vêm até nós para nos arrastar ao mal. Eles não têm pena; chegam, muitas vezes de mansinho, como não querendo nada, mas no fundo desejam a nossa ruína, quer seja por vingança, quer seja por inveja do nosso estado atual. Se não tivermos forças suficientes para rechaçá-los, eles acabarão por nos dominar, levando-nos ao processo de obsessão e sua extensão à fascinação e à subjugação. As consequências, por lhe darmos atenção, não são nada agradáveis. E, conforme for a nossa conduta, podemos levá-las para outras encarnações.  

5.2. INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS SUPERIORES

Os Espíritos superiores só agem em função do bem. Eles não nos obrigam a fazer isso ou aquilo; dão-nos total liberdade de aceitar ou não as suas sugestões, as suas inspirações, os seus conselhos. Lembremo-nos do daimon socrático. Este Espírito superior só se pronunciava quando achava que Sócrates estaria seguindo um caminho para a sua ruína. Quando damos ouvidos ao nosso anjo da guarda e aos nossos protetores, as consequências são de mais liberdade em nossas futuras ações.

5.3. INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS

Duas questões, extraídas de O Livro dos Espíritos.   

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?

— Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?

— Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto e frequentemente bastante contraditórios. Pois bem: nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas idéias que se combatem. Se fosse útil que pudéssemos distinguir claramente os nossos próprios pensamentos daqueles que nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio de fazê-lo, como nos deu o de distinguir o dia e a noite. Quando uma coisa permanece vaga é que assim deve ser para o nosso bem.

6. COMO ADMINISTRAR AS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS

6.1. DESANUVIAR A MENTE

Aceitemos o convite do Espírito Emmanuel, que nos orienta a desanuviar a nossa mente todos os dias pela manhã. É de manhã, quando nos levantamos e ainda estamos envoltos com as influências recebidas durante o sono, que podemos renovar os nossos pensamentos e sentimentos para aproveitar o dia que passa. Podemos, também, fazer uma prece ou ler um texto evangélico. O importante é elevar o pensamento, entrar em contato com as forças superiores da natureza, no sentido de obter as forças necessárias para o cumprimento de nossos deveres.
  
6.2. REFLEXÃO SOBRE O DIA

Espelhemo-nos em Santo Agostinho que, todas as noites, repassava o seu dia para ver como fora em pensamentos, palavras e obras. Adquirindo esse hábito, vamos eliminando as más influências, pois podemos redirecionar as nossas energias para a obtenção da paz e da harmonia. Em síntese: o objetivo é criar boas consequências para os nossos pensamentos. 

6.3. OLHAR COMO SE ESTIVESSE EM CIMA DA MONTANHA

Quando os problemas são muitos e os encargos exagerados, criamos um quadro mental conturbado, nem sempre real. Se pudéssemos subir numa montanha, mesmo que fosse uma montanha mental, veríamos as mesmas coisas sob outro ângulo. Este exercício devolve-nos o equilíbrio mental e espiritual que momentaneamente havíamos perdido.  

7. CONCLUSÃO

Seja qual for o problema que nos visite, esforcemo-nos por manter os nossos pensamentos elevados. Com isso, influenciaremos positivamente aqueles que nos rodeiam.

8. REFERÊNCIAS:

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.

XAVIER, F. C. Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979.