quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

ORAÇÃO A SÃO JORGE


"Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós."

REFERENCIA:

Oração a São Jorge. Disponível em:<http://uumbandaparatodos.blogspot.com.br/2008/03/quem-so-os-caboclos-da-umbanda.html>. Acesso em: 26/12/2013.

Os Caboclos...

              Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de branco com índio, mas na percepção umbandista, referem-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes dos planetas, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. 
           Espíritos que, embora suas encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os Índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul. 
            Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos ele que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomendada a espiritualidade, omitem detalhes referentes à suas vidas quando encarnados. 

REFERENCIA:

Os Caboclos&Caboclas. Disponível em:<http://www.umbandaesoterica.com.br/aclCaboclos1.html>. Acesso em: 26/12/2013.

sábado, 23 de novembro de 2013

Os guardiões

Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.  São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente. São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina. Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa é a atividade dos guardiões.

Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações. Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.

Na Umbanda a caridade é Lei Maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos subplanos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos.

Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.

São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos subplanos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Têm experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral. NÃO EXIGEM NEM ACEITAM "TRABALHOS", DESPACHOS OU OUTRAS COISAS RIDÍCULAS das quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra. NADA TEM A VER COM A UMBANDA!”


NOMES DOS GUARDIÕES:

Tranca rua

-Tranca Rua das Almas; Tranca Rua da Encruzilhada; Tranca Rua de Embaré e Tranca Rua Rua das Matas.

Veludo 

 -Exu Veludo da Meia Noite; Exu Veludo Cigano; Exu Veludo 7 Encruzilhadas; Exu Veludo Menino (Veludinho); Exu Veludo dos 7 Cruzeiros; Exu Veludo das Almas; Exu Veludo dos Infernos; Exu Veludo da Kalunga; Exu Veludo da Praia; Exu Veludo do Oriente; Exu Veludo Sigatana; Exu Veludo do Lixo.

Meia Noite

Exu Meia Noite da Kalunga; Exu Meia Noite das Almas; Exu Meia Noite da Praia; Exu Meia Noite do Mar; Exu Meia Noite do Oriente; Exu Meia Noite das 7 Encruzilhadas; Exu Meia Noite da Capela; Exu Meia Noite do Cruzeiro; Exu Meia Noite da Mata.

Tiriri

 -Exu Tiriri das Encruzilhadas; Exu Tiriri das Matas; Exu Tiriri dos Infernos; Exu Tiriri Menino; Exu Tiriri da Calunga; Exu Tiriri das Almas; Exu Tiriri da Figueira; Exu Tiriri do Cruzeiro; Exu Tiriri da Meia Noite e Exu Tiriri Cigano.
Alguns Tiriris ao final do nome dão outro nome em africano, para especificar o tipo de Tiriri que comanda no Astral :
-Tiriri – Apavená; Tiriri – Apanadá; Tiriri – Bará; Tiriri – Lonãn,

Cigano

Os outros Exus que se manifestam como ciganos, quase nunca se chamam "ciganos", por que de uma maneira geral são Almas de Ciganos que se iniciaram no culto, e chegam com a representação de algum outro Exu do Alto Comando, por exemplo: Exu Corcunda Cigano.
Alguns de seus caminhos são ramos de onde podem chegar os distintos ciganos:
- O que vem da África Oriental, Arábia e outros países asiáticos. Exu Cigano do Oriente
- Exu Cigano do Circo - O que trabalha - como indica seu nome - nos circos e também em todos os lugares onde fazem espetáculos públicos.
- Exu Cigano do Pandeiro – É ele que vem com um pandeiro na mão, bom dançarino, tem um estilo turco.
- Exu Cigano Caló – É ele que representa a os ciganos que vieram ao Brasil desde Portugal, Espanha e França.
- Exu Cigano da Praça - Aquele que se dedica a buscar oportunidades nas praças, feiras e parques, fazendo negócios.
- Exu Cigano Romanó - Quando se apresenta como um cigano que vem de algum dos países de Europa oriental.
- Exu Cigano do Violino - Que é a passagem na qual ele sabe tocar violino, sendo um cigano rumano.
- Exu Cigano da Lira – Que faz alusão aos conceitos: a) que provém de uma cidade africana chamada Lira e que fora a princípio um ponto de encontro entre várias raças para comerciar; b) que é hábil compondo canções, cantado e tocando instrumentos variados.
- Exu Cigano Giramundo - Que não deve se confundir com "Exu Giramundo-cigano", pois Cigano giramundo é uma passagem de Exu Cigano o que mostra sob a faceta de trota-mundos, andarilho, em sua carruagem viajando de povo em povo. Sem dúvida, Giramundo-cigano é a representação de Exu Giramundo através de uma passagem como cigano.
- Exu Cigano do Garito - O que trabalha nas casas de jogo clandestino. Devemos ressaltar, que "garito" é uma palavra cigana.

- Exu Angola – Que pertence ao povo das Almas do Cativeiro.
- Exu Cobra Preta – Pertence ao povo das Cobras que trabalha dentro do Reino das Matas.
- Exu Come-Fogo – Ronda nas cercanias dos crematórios e pertence ao povo do forno.
- Exu Coquinho dos Infernos – Que integra o grupo do Povo dos Infernos (dentro do Reino da Lira).
- Exu da Estrada – Que trabalha nas rotas e estradas (povo do Cruzeiro da Rua).
- Exu da Lama – Tem a incumbência onde há incêndios e faz parte do Povo do Forno.
- Exu Dalva – Pertence ao Povo do Cruzeiro do Espaço. Gosta de trabalhar quando está amanhecendo e recebe as oferendas em terrenos abertos.
- Exu do Ar - Trabalha sob o comando de Exu dos Ventos.
- Exu Formiga – Pertence ao Povo das Campinas, mora perto dos formigueiros onde procura um de seus alimentos prediletos: as formigas.
- Exu Gato – Prefere trabalhar nas encruzilhadas dos montes.
- Exu Gererê – Trabalha dentro do mar, pertence ao povo dos pescadores, de fato, seu nome significa “red” em linguagem banto.
- Exu Hora-Grande – Outro tipo de nome que se usa para referir-se a Exu Meia-Noite.
- Exu Kolobô - Que trabalha nos cemitérios e ataca condolências, pertence ao povo das mirongas.
- Exu Lalu – Trabalha nas encruzilhadas da praia sob as ordens de Exu Mirim.
- Exu Limpa-Trilhos – Trabalha nas vias de trem abrindo os caminhos, pertence ao povo da Encruzilhada de Trilhos e seu chefe direto é o Exu Marabô.
- Exu Mangue – Vive nos mangues.
- Exu do Pantanal - pertence ao povo do Lodo.
- Exu Pinga-Fogo – Que pertence ao povo dos Fornos ou do Fogo (povo do fogo material).
- Exu Relâmpago – Trabalha no povo da Encruzilhada do Espaço (pontos cardinais), sob as ordens de Seu Sete Gargalhadas.
- Exu Sete Horas – Que pertence ao povo do Cruzeiro do Espaço.
- Exu Tira-Tôco – Trabalha nos montes de Eucaliptos a beiradas do mar. Pertence ao povo da mata da praia.
- Exu Tranca-Gira – Trabalha nos cruzeiros sob as ordens de Exu Tranca Tudo.

Exu Aleba; Exu Apavenã; Exu Arranca Toco; Exu Banzé; Exu Bara; Exu Bauru; Exu Boca de Fogo; Exu Caçamba; Exu Candô; Exu Casamenteiro; Exu Caverinha; Exu Chico Preto; Exu Cobra Preta; Exu Cobra Coral; Exu Corcunda; Exu Corcunda Cigano; Exu Corcunda das Almas; Exu Coruja; Exu Corvo Negro; Exu da Figueira; Exu da Guiné; Exu da Laranjeira; Exu da Limeira; Exu do Aço; Exu do Congo; Exu do Ferro; Exu do Lodo; Exu do Mar; Exu Espeto; Exu Folha Seca; Exu Gato Preto; Exu Guerreiro; Exu Jibóia; Exu João Caveira; Exu João da Bahia; Exu João das Almas; Exu João Kalunga; Exu João Mandinga; Exu João Mironga; Exu João Pepeu; Exu Laborê; Exu Loá; Exu Lofe; Exu Lonã; Exu Madeiro; Exu Maiô; Exu Mareiro; Exu Maromba; Exu Marujo; Exu Matança; Exu Miloá; Exu Mirô; Exu Olho Grande; Exu Panteira; Exu Pé de Ferro; Exu Pedra Preta; Exu Pedra roxa; Exu Pena de Coruja; Exu Pena de Urubu; Exu Pena Preta; Exu Pimenta; Exu Rebolo; Exu Rei; Exu Rei das Sete encruzilhadas; Exu Rei da Calunga; Exu Saci; Exu Serapião; Exu Sete Aço; Exu Sete Baforadas; Exu Sete Caveras; Exu Sete Dias; Exu Sete Encruzas; Exu Sete Encruzilhadas; Exu Sete Facadas; Exu Sete Garfos; Exu Sete Montes; Exu Sete Poeiras; Exu Sete Pregos; Exu Tata Caveira; Exu Tata Ndaí; Exu Tatalá; Exu Tatu; Exu Tibiri; Exu Tiriri; ,Exu Tiriri Lonan; Exu Tira-Teima; Exu Toquinho; Exu Tranca Rua das Almas; Exu Tranca Rua da Encruzilhada; Exu Tranca Tudo; Exu Tranca Gira; Exu Treme Terra; Exu Três Encruzilhadas da Perdição; Exu Três Penas; Exu Tronco; Exu Tronqueira; Exu Trovoada; Exu Tuniquinho; Exu Urubu; Exu Veludo;


"Aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais, e ensinaremos àqueles que souberem menos, e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai." - Caboclo das Sete Encruzilhadas.


REFERÊNCIAS:

PINHEIRO, R. Exu (O guardião). Disponível em:< http://www.casaluzeterna.com.br/exu-o-guardiao.html>. Acesso em: 23/11/2013.

Nomes dos guardiões. Disponível em:< http://guardioesdaumbanda.no.comunidades.net/index.php?pagina=1841183531>. Acesso em: 23/11/2013.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

As ervas...

O uso das ervas na Umbanda é mágico.

No site "Giras de Umbanda" eles tem o privilégio de poder contar com o conhecimento de Jair Bonamigo, um estudioso dedicado as ervas fitoterápicas. Abaixo, está algumas das principais ervas utilizadas nos rituais com observações sobre suas propriedades fitoterápicas acrescidas das suas características ritualísticas.

GUACO, ERVA DE COBRA ou CIPÓ CATINGA:



Esta erva veio do Peru e era utilizada pelos incas contra picadas de cobras e de insetos venenosos usando uma folha para uma xícara de água. Os índios utilizavam a folha do guaco em banhos para afastar a cobra humana. Da folha desta planta prepara-se xarope de bom efeito contra a bronquite e as tosses rebeldes (derrete-se o açúcar junto com as folhas picadas, acrescenta água e ferve até engrossar, pode adicionar mel no final).
Formas de uso: chá, xarope e banho.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Planta trepadeira com folhas totalmente verdes e de espessura mais grossa, flores brancas.


MÃO DE DEUS:



Muito receitada para combater vícios de drogas (cigarro, bebida, etc) utilizando na forma de chá, também se utiliza muito em rituais de sacudimento e em pó. Coloca sob o travesseiro para fazer dormir. O fruto maduro, por infusão, é usado contra hemorroidas.
Formas de uso: Chá, pó, sacudimento.
Orixás: Oxalá.
Características: Cipó muito comum em terrenos abandonados, suas folhas lembram a palma de uma mão divididas em cinco lobos, flores amarelas.


TERRAMICINA ou PERNA DE SARACURA:



Bom para infecções, internas ou externas, excelente depurativo do sangue, utiliza-se em forma de chá de hora em hora ou de 2 em 2 horas. A exemplo do guaco também é utilizado contra picadas venenosas, e antibiótico.
Formas de uso: Chá
Orixás: Xangô e Yansã / Oya.
Características: Caule e folhas arroxeadas.


COLÔNIA ou COLÔNIA DO NORTE:



Uma das folhas mais importantes e utilizadas na umbanda e candomblé. Tem como principal característica litúrgica ser o maior contra Egum que existe.
Formas de uso: Defumação e Banho.
Orixás: Yemanjá e Oxalá
Características: Folhas grandes, lisas e longas de coloração verde.


ARRUDA: 



Mais uma erva bastante usada ritualisticamente, conhecida por todos e ao mesmo tempo requer muitos cuidados, tanto no sentido litúrgico como medicinal. Seu uso litúrgico é bastante vasto, principalmente como amuleto e banhos, porém este último não pode ser aplicado na cabeça, salvo filhos de Ogum e Exu, os Orixás desta erva.
Pó da folha seca: Seu uso medicinal é bastante moderado, pois tem ação vermicida (ótimo contra pulgas e piolhos).
Durante a gravidez a arruda tem um efeito especial sobre o útero, ocasionando hemorragia grave, levando ao aborto e a morte. “Acrescentamos que o aborto é raro e que a administração desta substancia com um fim criminoso (aborto)”. Pode acarretar a morte da mãe sem que haja parto”. (Dictionnaire des Plantes Medicinales, Pg. 541, Pelo Dr. A. Héraud). Repetimos a advertência que, tratando-se de uma planta muito ativa, só deve ser administrada com muita prudência, quando usada internamente. O chá de arruda é bom calmante dos nervos e trata urina presa.
Formas de uso: Amuleto, pó externamente e chá.
Orixás: Ogum e Exu.
Características: É um sub-arbusto com folhas pequenas verdes claras fortemente aromáticas.

ALFAVACA, ERVA DE BOIADEIRO ou MANJERICÃO DE FOLHA LARGA:



Esta erva é muito utilizada pelos caboclos em rituais de sacudimento (geralmente junto com peregum) tem suas folhas aromáticas, estimulantes e diuréticas. Aplica-se nos casos de ardor ao urinar, enfermidades dos intestinos, estômago, rins e bexiga. Externamente usa-se para gargarejo em casos de dor de garganta, aftas, etc. Com o chá das folhas, ou com o chá das sementes em maceração, preparam-se compressas que as mães lactantes aplicam sobre os bicos dos seios afetados.
Forma de uso: chá, sacudimento, gargarejo.
Orixás: Oxalá, Oxossi, Oxum.
Características: Planta muito cheirosa de folhas ovais ou oval – elípticas, compridas. Inflorência em espigas.

MANJERICÃO: 



A erva boa pra tudo, esta é a melhor definição do manjericão que é bastante conhecido na cozinha em forma de cozimento.Tem como principal característica litúrgica o poder de elevação espiritual por isso é muito utilizada em banho da coroa, amaci.
Formas de uso: Banho e chá.
Orixás: Oxalá.
Características: Pequenas folhas ovais arredondadas de coloração verde clara inflorência em espigas.

PEREGUM, PAU D’ÁGUA ou IPEREGUM:



Uma erva de uso extremamente ritual difere em suas cores para diferenciar os orixás que pegam cada uma delas e são extremamente apreciadas para rituais de sacudimento, acompanhadas de outras ervas ou não, muito utilizadas também em banho de amaci ou que antecedem cada trabalho de seu respectivo orixá.
Formas de uso: Banho de sacudimento.
Orixás: De acordo com as cores, sendo verde de ogum, verde e amarelo de Oxossi e Logunedé, verde e branco de Ossain, vermelho de Oia e Xangô.
Características: São folhas lisas e compridas, um pouco mais estreitas e menores do que a colônia, por exemplo, encontradas nas cores acima citadas.
O Peregum vermelho (Xangô e Oya) também é chamado de folha de fogo.

ABRE CAMINHO ou PERIQUITINHO DE OGUM:



Sua aplicação é também de cunho litúrgico. Nas formas de banho de defesa, sacudimento e defumação, com o principal objetivo de abrir os caminhos seja no trabalho ou na vida pessoal. Os pós feitos de suas folhas secas e triturados servem para misturar no pó de pemba ou pó de abre caminho. Também se usa a folha seca no meio da carteira profissional ou da carteira (a exemplo do acocô) e o correto é devolver a folha de onde foi retirada.
Orixás: Ogum
Características: Folhas bem finas e de coloração roxa de um lado e verde do outro.

EGENDA: 



Esta planta tem a excelente função de auxiliar o desenvolvimento dos novos médiuns, usado em banhos. Tem o poder de trazer logo os guias do filho de santo.
Formas de Uso: Banho antes dos trabalhos.
Orixás: Ogum
Características: Planta rasteira, com folhas de coloração verde e rocha, geralmente verde por cima e roxa por baixo, mas podendo variar.

ALECRIM: 



Esta também é uma erva utilizada para quase tudo nos rituais, mau olhado, quebrante, etc. Seu uso medicinal está voltado para o coração, como um tônico, mas pode ser dilatador seu efeito, deve-se tomar cuidado com a quantidade do uso. Não confundir com alecrim do cruzamento, também conhecido por alfazema do Brasil, ou alecrim do norte, como é conhecido na Bahia, este já tem maior aplicação litúrgica no seu poder de afastar Egum.
Formas de uso: Alecrim – Chá; Alecrim do Cruzamento – Banho, defumação, pó e sacudimento
Orixás: Oxalá, Oxossi.
Características: Alecrim – Folhas opostas cruzadas, e estreitas, de bordas voltadas para baixo de coloração verde escuras, exala cheiro aromático, forte e agradável; Alecrim de Cruzamento – Caule estirado esgalhado, com folhas bem pequenas e verdes.

GUINÉ, PIPI ou AMANSA SENHOR:



Uma erva muito utilizada por caboclos e pretos velhos em suas mirongas. Excelente para banho de descarrego e sacudimento. Usa-se colocar uma folha sob o pé para atrair coisas boas. Importante, seu uso interno é altamente restrito, apesar de ter funções medicinais, as doses teriam que ser mínimas e muito bem administradas para não causar efeitos nocivos que podem levar inclusive a morte. Externamente, o guiné tem diversas aplicações analgésicas. Emprega-se as folhas machucadas, em compressas, para acalmar as dores de cabeça, dores reumáticas, etc.
Forma de Uso: Banhos e compressas externas, proibido uso interno.
Orixás: Oxossi
Características: Sub-arbusto de até de um metro e meio de altura, ramos eretos, folhas médias e verde clara.

LOURO: 



Outra erva muita conhecida nas cozinhas, como condimento e tempero e que também tem qualidades litúrgicas e medicinais, no ritual é muito utilizada em defumação e banho para atrair prosperidade. Tem bons resultados para combater a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.
Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.


REFERÊNCIA: 
AS ERVAS, J. BONAMIGO. Disponível em: <http://www.girasdeumbanda.com.br/2010/as-ervas.php>. Acesso em: 25/10/2013.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Você acredita nos seus guias?

Em nossa religião, temos diversos guias, mestres e mentores, que são espíritos em evolução, outros em ascensão plena e outros até evoluídos, que direcionam os trabalhos de Umbanda em outro plano amparados pelos Sagrados Orixás. Analisando isso, somos muito bem amparados e guiados, por espíritos que nos amam e que tem uma afinidade ímpar conosco. Muitos de nossos guias mais próximos possuem uma ligação familiar de muitas vidas passadas e trazem como missão nesta passagem da vida nos amparar e nos guias conforme nossas necessidades e merecimentos em cada momento de nossas vidas.

Mas a grande pergunta é: Você acredita no seu guia, ou na sua banda?

Vejo muitos médiuns de Umbanda, por muitas vezes duvidarem do trabalho dos seus guias e até mesmo questionando suas orientações para com você e outras pessoas. Vejo também a famosa frase: “Mas meu Guia não me ajuda por que”? Só ajuda os outros?

Devemos primeiro entender que nós médiuns somos canais, veículos de espíritos evoluídos que nos guiam, orientam e ajudam a quem necessitar e merecer (inclusive nós).

Não confunda seus medos, sua incertezas com a força e a capacidade dos seus guias. Nossos guias nos ajudam o máximo que podem, dentro da Lei Maior e da Justiça Divina, e se por algum momento de sua vida eles “não te ajudarem”, pode ter certeza: é um momento que você deve firmar suas pernas no chão, ser forte e adentrar de cara na situação, pois a sua vida quem deve viver é você.

Nossos guias não são muletas ou muito menos babás, para ficar nos mimando ou nos bajulando. Os guias são espíritos que nos fazem crescer, pensar e principalmente sermos racionais assim andando com nossas próprias pernas.

Quando a incerteza bater em sua porta, a vaidade, e o ego tentarem te acolher, firme sua cabeça em Deus, nos Orixás, e em seus guias. Pode ter certeza que se você acreditar, o seu mundo irá mudar, seus guias lhe mostraram o caminho para você percorrer. Suas decisões você que deve tomar e aceitar as consequências também.

Não importa se você errar, falhar, cair, os guias sempre irão te amparar, desde que você confie neles e em Deus e tenha plena certeza de que você está aqui para aprender, seja lá como for.

Confie em você, na sua natureza, e com certeza através dessa confiança seus guias se manifestarão em sua vida naturalmente e com muito poder de realização.

Confie.

REFERÊNCIA:

ESPIRITUALIZANDO COM A UMBANDA. Disponível em:<http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/>. Acesso em: 26/09/2013.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

SER UMBANDISTA!!!

Ser Umbandista é uma postura, um compromisso. Atuar bem significa auto-estima, amor próprio, certeza de onde estamos e onde queremos chegar. Fazer as coisas "+ ou -" nos traz estresse, preocupação e gastamos mais tempo para consertar o que poderia ter sido bem feito desde o início. Hoje o Umbandista tem que ser mais qualificado e preparado para lidar com as relações do terreiro e com os consulentes. Esta qualificação exige que o Umbandista procure atualização, desenvolva forte espírito de equipe, tenha um bom relacionamento interpessoal e uma boa comunicação, mantenha uma postura ética, seja uma pessoa comprometida!


Dicas para um trabalho em equipe:
  • Seja paciente;
  • Aceite as ideias dos outros;
  • Não critique os colegas;
  • Saiba dividir;
  • Trabalhe;
  • Seja participativo e solidário;
  • Dialogue;
  • Planeje;
  • Evite cair no "pensamento do grupo";
  • Aproveite o trabalho em equipe;
  • Comunique-se;
  • Emita;
  • Receba;
  • Empatia;
  • Coloque-se no lugar do outro;
  • Tenha ética;
A ética trata de moralidade dos atos humanos. Ética Umbandista é o conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma determinada gama de espiritualistas. Seja honesto, em qualquer situação e sempre faça algo que você possa assumir em público. Seja humilde, tolerante e flexível; dê crédito a quem merece.
  • Não critique pelas costas;
  • Pontualidade vale ouro;
  • Respeite a privacidade do vizinho;
  • Ofereça apoio;
  • Faça o que promete. Seja um comprometido;
  • Uma pessoa comprometida procura sempre colocar-se no lugar das outras;
  • Faz tudo com atenção aos detalhes;
  • Termina o que começa;
  • Vem com soluções e não com mais problemas;
  • Pergunta o que não sabe e demonstra vontade de aprender;
  • Cumpre prazos e horários;
  • Não vive dando desculpas por seus atos e nem procura culpados pelos erros cometidos;
  • Não vive reclamando da vida falando mal das pessoas;
  • Age para modificar a realidade;
  • Não desiste facilmente, vai atrás de solução;
  • Sempre está pronta para colaborar com as outras;
  • Participa;
  • Dá idéias, você pode contar com ela.
Comprometa-se!!!

Tipos de Umbandistas:

1. Umbandista Peru
Fazem um barulho enorme, normalmente percebido com reclamações a respeito de tudo. Batem asas com grande esforço, mas não saem do chão. Não conseguem alçar vôo. Rodam em círculo, totalmente sem rumo e não chegam a lugar nenhum.

2. Umbandista Andorinha
Precisam de um líder, elas voam atrás dele. Sua ação é esporádica, elas voam um pouco e logo param. Não dão sequência a suas ações. Podem ser observadas em bando ao final da gira.

3. Umbandista Pavão
Necessita se mostrar aos olhos de quem o vê, com toda sua parafernália (trazendo caixas enormes "para as entidades" com velas, frutas, bolos, balas, etc..) quando na realidade, entidade necessita de uma vela, uma ponteira, um charuto (ou um cachimbo, ou um cigarro...), uma bebida e uma pembra para trabalhar. Além de transformar a Umbanda numa passarela de "roupas da moda".

4. Umbandista Águia
Voam alto, enxergam longe, estão sempre atentos e quando vêem uma oportunidade, mergulham sem hesitação e pegam sua "presa". Tem iniciativa própria.

Qual destes é você? Pense Umbandista.


REFERÊNCIA:

SER UMBANDISTA. Disponível em:<http://www.nossaumbanda.com/?acao=artigos&item=46>. Acesso em: 27/08/2013.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

ALMAS ENAMORADAS




Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.
Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados. Então, tudo começa. O namoro é o doce encantamento.
Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.
Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.
Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.
Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...
O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.
* * *
Se a pessoa com quem nos casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.
Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
E se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.
* * *
Os casamentos são programados antes do berço.
Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.
Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.


REFERÊNCIA:

ALMAS ENAMORADAS. Disponível em:<http://www.mensagemespirita.com.br/mensagem-em-audio/106/almas-enamoradas>. Acesso em: 26 de Julho de 2013.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

AS SETE LINHAS DA UMBANDA

Como princípio, a Umbanda é dirigida por Sete Linhas (Falanges Espirituais) governadas por um Orixá Africano específico. Essas Linhas detêm espíritos de ancestrais que se identificam em cada uma delas, podendo ser Caboclos (indígenas), Pretos-Velhos (antigos escravos), Crianças que se manifestam em seus médiuns.


































1. LINHA DE OXALÁ
        Na Umbanda, a Linha de Oxalá (representado por Jesus Cristo) ocupa o grau maior e, pode-se dizer a própria Umbanda, por origem, pertence a ela. Agregam-se aqui os anjos, santos, espíritos missionários. Administram todas as outras demais Linhas, através de seus Caboclos, manifestando-se na grandeza dos céus. Irradia amor e paz, união e sabedoria profundas, promovendo a concórdia.

2. LINHA DE IEMANJÁ
Iemanjá é a rainha do mar, considerada esposa de Oxalá. Na Umbanda é mãe de todos os Orixás, agregando em si o governo de todas as Iabás (Orixás femininos, senhoras de rios e águas). Seus Caboclos e Caboclas promovem o amor (maternal, filial, universal), a gestação, a riqueza física e espiritual, a união e formação das famílias, os sentimentos mais nobres. Sua imagem mais popular é aquela de onde sai das águas quase como uma fada, contudo é também representada por Nossa Senhora dos Navegantes.

3. LINHA DE OGUM
A Linha de Ogum (sincretizado com São Jorge) é imbatível no combate ao mal, sendo a manifestação da coragem, disciplina, retidão de caráter e heroísmo. Não há guerras ou demandas (lutas espirituais) que esses valorosos Caboclos não se lancem e vençam. Lideram os avanços tecnológicos, manejo dos metais e impulsionam às conquistas maiores da Humanidade.

4. LINHA DE OXÓSSI
A Linha de Oxóssi (sincretizado com São Sebastião) possui Caboclos e Caboclas destemidos, nela manifestando-se espíritos das mais diferentes tribos indígenas do Brasil (mais numerosos) e do resto da América. Semelhantes à Linha de Ogum, são guardiões de lares e terreiros. Agregam aqui as entidades que trabalham para OSSÃE, senhor das folhas, promovendo a cura espiritual e material. São eles que trazem recursos às mesas (pois são caçadores), a busca ao trabalho, a proteção máxima à Natureza e aos animais.

 5. LINHA DE XANGÔ
Sua rainha é Iansã, sendo o grande rei, senhor dos raios e fogo. Os ofendidos, os humilhados recorrem a Xangô, representado por São Jerônimo (Agodô), São João (Caô) ou São Miguel Arcanjo (Aganjú) em diferentes atribuições. Jamais nega recursos aos que procuram pela justiça. É o defensor dos pobres, senhor da cultura, dos estudos, o progresso científico. Todas as leis do Universo passam por Xangô. Seus Caboclos promovem a verdade, a retidão, a imparcialidade, a queda das injustiças, da mentira e dos falsos valores morais.

6. LINHA DE YORIMÁ
Yorimá (Lei Aplicada da Vitalidade Saindo da Luz) é a Linha de Pretos-Velhos, representados todos por São Benedito, espíritos de antigos escravos, sábios e sacerdotes. Hábeis no desmanche da magia negra, são detentores da experiência adquirida em inumeráveis reencarnações aplicadas, hoje, ao aconselhamento e auxílio dos sofredores. Representam e coordenam todas as demais Linhas de Almas (Yori, Ori), geralmente.

7. LINHA DE YORI

                Yori (Vitalidade Saindo da Luz), representados por Santos Cosme e Damião (na Umbanda aparece um terceiro personagem, nascido após os gêmeos, chamado Doum) agrega todos os espíritos manifestados como crianças. Chamados também de Erês, Crianças ou Cosmes (Cosminhos), protegem as crianças, a alegria, a inocência, o otimismo, a pureza dos sentimentos. São também invocados para trazer filhos às famílias, unindo casais.

REFERENCIA: 

UMBANDA, FÉ, AMOR E CARIDADE. Disponível em:<https://sites.google.com/site/umbandafac/as-7-linhas-da-umbanda>. Acesso em: 26 de Junho de 2013.