segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

UMBANDA E SANTOS...


Na umbanda, cada orixá corresponde a um santo católico. Como os santos católicos são bem numerosos, existem divindades que são identificadas como mais de um santo:

EGUNITA: Santa Sara Kali.

IEMANJÁ: Nossa Senhora dos navegantes (mar).

NANÃ: Sant’Anna ( águas paradas e lama dos fundos da terra, rios e lagos, além da água das chuvas).

OBÁ: Santa Rita de Cássia; Santa Joana d'Arc.

OBALUAÊ: São Lázaro (terra).

OGUM: São Jorge (estradas e campinas).

OMULU: São Roque.

OXALÁ: Jesus Cristo (Onipresente).

OXOSSI: São Sebastião (matas).

OXUM: Nossa Senhora da Conceição (cachoeiras).

XANGÔ: São Jerônimo; São João Batista; São Miguel Arcanjo (pedreiras).

YANSAN/IANSÃ/YANSÃ: Santa Bárbara (ventos e tempestades).

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

EXU


Exu é entidade de luz com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior. Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.

São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.

São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.

Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.

Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.

Na Umbanda a caridade é lei maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.

Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.

Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do Bem.

São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.

Não exigem nem aceitam "trabalhos", despachos ou outras coisas ridículas das quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra.

Nada tem a ver com a Umbanda!

Trecho retirado do livro TAMBORES DE ANGOLA
Psicografia do Médium Robson Pinheiro - Ed. Casa dos Espíritos